Ao longo do tempo é possível identificar certas tendências na literatura mundial. Então, como uma forma de facilitar as pesquisas dessa área, as obras começaram a ser classificadas em escolas, que são os movimentos de cada época. No artigo de hoje falaremos sobre as Escolas Literárias no Brasil, suas características e principais autores. Continue lendo e saiba mais!
As Escolas Literárias no Brasil são divididas em duas eras diferentes, que são: Era Colonial e Era Nacional. Cada uma representa o momento do país, o que pode ser percebido através das características das obras publicadas em cada época.
Veja quais escolas fazem parte de cada uma delas.
Nos primeiros séculos após o descobrimento, a influência europeia na literatura brasileira era nítida, observe.
As Escolas Literárias no Brasil começam com o Quinhentismo, que recebeu esse nome por causa da época. Foi em 1500, ano do descobrimento do nosso país, que se teve as primeiras manifestações literárias por aqui, que tinham caráter informativo e pedagógico. Contudo, a influência europeia era bastante forte, já que muitas dessas primeiras publicações não foram escritas por brasileiros e sim europeus que vieram para cá.
Principais obras: Carta de Pero Vaz de Caminha a el-rei D. Manuel – Pero Vaz de Caminha; Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil – José de Anchieta.
As características mais fortes do barroco são o exagero, que, na literatura, era marcado pela linguagem rebuscada, pelo culto ao contraste (misturando o divino e o humano), o conceptismo (jogo de ideias), o cultismo (jogo de palavras), o feísmo (uso de imagens tidas como desagradáveis), entre outros aspectos.
Principais obras: Triste Bahia – Gregório de Matos; Música do Parnaso – Botelho de Oliveira.
Diferentemente do Barroco, o Arcadismo trouxe simplicidade e exaltação da natureza para as obras. Isso pode ser notado tanto na escrita quanto nos temas abordados pelos autores. Seu nome é uma referência a uma região de campo na Grécia antiga chamada Arcádia, que era uma inspiração para os poetas.
Principais obras: Caramuru – Santa Rita Durão; Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga.
Depois de mais de três séculos, a literatura brasileira começa a demonstrar a sua autonomia. É válido mencionar que, na Era Nacional, o Brasil já havia se tornado independente de Portugal.
O Romantismo teve três fases e cada uma tem suas próprias características, veja:
1ª Fase do Romantismo – Também chamada de indianista, é marcada pela exaltação do índio e pelo nacionalismo. Obra de destaque: Canção do Exílio – Gonçalves Dias.
2ª Fase do Romantismo – Na segunda fase, o Romantismo se tornou mais sentimentalista, o que levou ao egocentrismo e pessimismo. Obra de destaque: Lira dos Vinte Anos – Álvares de Azevedo.
3ª Fase do Romantismo – Marcada pela liberdade, a Terceira Fase do Romantismo abordou temas de cunho social, como a escravidão, por exemplo. O amor deixou de ser abordado com idealização e ganhou um viés mais real. Obra de destaque: O Navio Negreiro – Castro Alves.
Realismo, Naturalismo e Parnasianismo foram três movimentos que se entrelaçaram. O primeiro tinha como principais marcas a objetividade e a temática social; O segundo, uma linguagem simples bastante próxima à usada coloquialmente na época; O terceiro, o culto à forma e a arte pela arte.
Principais obras: Realismo: Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis; Naturalismo: O Mulato – Aluísio de Azevedo; Parnasianismo: Tratado de Versificação – Olavo Bilac.
Surgido como uma oposição ao Realismo e ao Naturalismo, o Simbolismo era movido por ideais românticos e tinha como características bastante fortes o misticismo, o subjetivismo e a espiritualidade.
Principais obras: Kyriale – Alphonsus de Guimarães; Eu – Augusto dos Anjos.
Período de transição que apresentou traços de movimentos anteriores, como naturalismo, simbolismo, realismo e parnasianismo. Foi uma fase de rompimento com o academicismo, o que pode ser percebido através dos personagens, que tinham a marginalidade como uma característica forte.
Principais obras: Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto; Os Sertões – Euclides da Cunha.
O Modernismo teve três fases: a primeira foi marcada pelo radicalismo e por uma renovação na estética; A segunda por contar com temas nacionalistas; A terceira por conta das experimentações artísticas e pela inovação na linguagem.
Principais obras: 1ª fase: Libertinagem – Manuel Bandeira; 2ª fase: Vidas Secas – Graciliano Ramos; 3ª fase: A Legião Estrangeira – Clarice Lispector.
Período que se iniciou poucos anos após o fim da Segunda Guerra Mundial e se estende até os dias atuais. É marcado pela liberdade artística, espontaneidade, grande variedade de estilos e tendências.
Principais obras: Auto da Compadecida – Ariano Suassuna; Agora é que são Elas – Paulo Leminski.
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