O que é o autismo?

Existem termos ligados à saúde que são bastante difundidos, mas que nem todos sabem exatamente do que se trata. Hoje iremos desmistificar um deles, explicando exatamente o que é o autismo, como ele se manifesta e quais são as suas causas. Ao se informar, além de aprender algo novo, poderá contribuir para garantir os direitos dos autistas e ajudar a combater o preconceito.

Entenda o que é o autismo e quais são as suas causas

O termo mais correto utilizado na atualidade para se referir ao autismo é Transtorno do Espectro do Autismo, também conhecido pela sigla TEA. Essa nomenclatura envolve várias categorias que antes eram tratadas de forma independente, mas que possuem forte relação entre si, como é o caso do Transtorno Global do Desenvolvimento e da Síndrome de Asperger.

Basicamente, indivíduos que possuem algum transtorno do espectro autista possuem dificuldade de fala, interação social e comunicação não verbal, além de comportamentos restritos e repetitivos. A intensidade dos sintomas varia de acordo com cada caso, como poderá observar a seguir. A palavra funcionalidade se refere à capacidade de realização de atividades simples.

Baixa funcionalidade

Como geralmente o problema surge na infância, a criança com autismo de baixa funcionalidade interage muito pouco com outras pessoas, realiza movimentos repetitivos e apresenta atraso mental.

Média funcionalidade

É a categoria na qual se concentra a maior parte dos casos de autismo. O indivíduo tem comportamentos repetitivos, não costuma olhar nos olhos das pessoas e encontra dificuldades para se comunicar.

Alta funcionalidade

Os sintomas são praticamente os mesmos da média funcionalidade, com a diferença de que são mais leves. Por isso, os indivíduos com autismo de alta funcionalidade conseguem levar uma vida normal, estudar, ter uma profissão, ter relacionamentos.

Síndrome de Savant

Um a cada dez autistas faz parte de uma categoria denominada Savant, em que o indivíduo apresenta talentos específicos combinado com uma grande capacidade de memória. Aspectos que, muitas vezes, se sobrepõem aos déficits psicológicos. É chamada popularmente de síndrome da genialidade.

Principais sinais e sintomas do autismo

Como mencionado, o autismo costuma ser diagnosticado ainda na infância, embora existam casos de diagnóstico tardio, até mesmo em adultos. Mas, de modo geral, os sinais apresentados costumam ser:

  • Evitar contato visual com outras pessoas;
  • Demora para desenvolver habilidades de fala;
  • Sentir-se confiante através de uma rotina com regras predefinidas;
  • Reação exagerada a mudanças consideradas pequenas;
  • Reações inesperadas a determinados sons, sabores, imagens e texturas;
  • Dificuldade para entender as emoções de terceiros;
  • Grande interesse por uma pequena gama de temáticas ou objetos;
  • Realização de movimentos repetitivos, como balançar as mãos.

Existem alguns sinais específicos do autismo que podem ser identificados logo nos primeiros meses de vida, como:

  • Não balbuciar nenhum som até os 4 meses;
  • Não sorrir até os 5 meses;
  • Não rir (dar gargalhadas) até os 6 meses;
  • Não demonstrar qualquer interesse em brincadeiras comumente feitas com bebês;
  • Não responder ao próprio nome até os 12 meses;
  • Não olhar para objetos apontados por outras pessoas até os 12 meses;
  • Se irritar com barulhos muito altos;
  • Se entreter brincando sozinho por longos períodos.

Vale dizer que nem todos os bebês se desenvolvem iguais à maioria e isso não significa que tenham um Transtorno do Espectro do Autismo. Apenas um médico capacitado para tal pode dar um diagnóstico correto.

Quais são as causas do autismo?

Não existe uma causa única para o autismo, pesquisas sugerem que o transtorno seja causado por uma junção de fatores, que podem ser genéticos ou ambientais. São influências que demonstram aumentar o risco de um indivíduo desenvolver TEA, mas é importante deixar claro que aumentar o risco não é o mesmo que causar.

Esse esclarecimento se faz necessário porque nem todo indivíduo que possui esses fatores considerados de risco desenvolve autismo, assim como nem todo autista os apresenta.

Veja, a seguir, quais são os principais fatores considerados de risco para o autismo.

Fatores genéticos

Pesquisas apontam que o autismo pode ter fatores de risco genéticos, como alterações em genes de pais não autistas que são transmitidos para os filhos, que nascem autistas. Além disso, podem ocorrer mudanças durante o desenvolvimento do embrião, ou no espermatozóide ou óvulo que se uniram para formá-lo.

Fatores ambientais

Em relação aos fatores ambientais, foram observados os seguintes pontos como possíveis aumento dos riscos de autismo:

  • A mãe apresentar infecções bacterianas ou virais durante a gravidez;
  • Idade avançada do pai, da mãe ou de ambos;
  • Complicações durante a gestação ou parto;
  • Gestações com intervalo inferior a um ano.

Vacinas não causam autismo

Muitos pesquisadores se dedicam a estudar o autismo e tentar entender quais são as suas causas, a fim de encontrar medidas para evitar o transtorno. Ao longo dessa jornada, acabam descobrindo fatores que não oferecem qualquer risco relacionado ao Transtorno do Espectro do Autismo, como é o caso das vacinas.

Agora que já sabe o que é o autismo, espalhe a informação, compartilhando através de suas redes sociais. Para conferir mais conteúdos de biologia e saúde, além de dicas para o Enem e o vestibular, fique ligado no Blog do Hexag!

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