O que é e quais as características do silogismo?

De acordo com Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.), o silogismo designa a conclusão obtida por meio de premissas. Trata-se de um argumento dedutivo formado por três proposições. Continue lendo para entender mais sobre esse termo criado pelo filósofo grego e as suas principais características.

O que é silogismo?

O termo silogismo foi criado pelo filósofo grego Aristóteles como uma forma de identificar o raciocínio através de dedução, isto é, aquilo que conhecemos como raciocínio lógico. Em grego, a palavra “syllogismos” significa interferência ou conclusão. Nessa forma de pensamento é necessário partir de duas premissas. Mas, por que duas?

As duas premissas são necessárias para que seja possível tirar de duas propostas as partes mais próximas da verdade para então gerar uma conclusão. No entanto, para encontrar um resultado mais adequado e com maior confiabilidade, Aristóteles sugeria que fossem feitas três proposições distintas.

Esse modelo seria o mais completo e poderia ser aplicado a diferentes atividades como o jornalismo, por exemplo. Recomenda-se que o jornalista ouça três fontes ou mais se for possível para chegar a um texto noticioso mais próximo da verdade. O silogismo é um modelo que propõe buscar confirmações para o estabelecimento de algo como verdade.

Silogismo: conheça as principais características

Segundo Aristóteles, a formulação de ideia deve ter 3 características essenciais, que são: mediação, dedução e necessidade. Para chegar a uma conclusão é necessário empregar a mediação para o uso do raciocínio.

Por sua vez, a dedução parte de proposições universais que possibilitam chegar a uma conclusão específica. E por fim, a necessidade está em estabelecer a ligação entre as outras duas.

Confira a seguir um esquema que permite compreender melhor as premissas de formação do silogismo.

Primeira Premissa

Também chamada de premissa maior, tem o papel de afirmação geral, sendo formada pelo termo maior e pelo termo médio.

Segunda Premissa

Pode ser chamada também de premissa menor e se caracteriza por ser uma afirmação específica. Engloba o termo médio e o termo menor.

Conclusão

Estabelece a relação lógica entre as duas premissas anteriores que servem de evidências. Abrange os termos maior e menor.

Exemplo de silogismo

Ficou confuso? Então confira o exemplo que apresentaremos abaixo para entender a lógica por trás do silogismo.

Premissa maior: “Todos os homens são mortais”.

Premissa menor: “Sócrates é um homem”.

Conclusão: “Sócrates é mortal”.

Temos que a premissa maior é “mortal”, a menor é “Sócrates” e o termo médio é o “homem”. Para ser ainda mais fácil de entender, sugerimos que você tente encaixar nessa lógica outras frases. Assim se acostumará com essa lógica.

Conclusão

Você já deve ter ouvido de um professor que a conclusão de um trabalho nunca deve ser maior do que o desenvolvimento. Essa regra vale também para o silogismo. Basicamente, isso quer dizer que o resultado nunca deve ser maior do que as premissas, deve existir sempre uma base universal.

Quando os lados são todos negativos, não há como ter uma conclusão, uma vez que não há dois lados. Contudo, se os dois lados forem positivos, então é possível chegar a uma conclusão.

Conheça formas de silogismo

Existem diferentes tipos de silogismo, podendo ser eles: regulares, irregulares e hipotéticos. Os irregulares, geralmente, são formados por: entima, epiquerema, polissilogismo e sorites. Entenda mais sobre essas formas abaixo.

Entima

Diz respeito a uma premissa subentendida no processo. Um exemplo é a frase “Penso, logo existo.”.

Epiquerema

Acontece quando as duas premissas estão acompanhadas de provas.

Polissilogismo

Esse caso é mais complexo, pois demanda que haja 4 proposições, sendo que todas estejam devidamente comprovadas até a formulação da conclusão.

Há ainda variações no silogismo hipotético, que pode ser condicional (quando não nega e nem afirma algo), disjuntivos, premissas alternativas e dilema (tipo de silogismo que utiliza argumentos com duas hipóteses possíveis, sendo que nenhuma delas é desejável).

Falso silogismo

É importante, ainda, falar a respeito dos silogismos falsos, ou seja, aqueles que se originam de premissas falsas. Geralmente, são tomadas como falácias ou mentiras que podem ser desmascaradas através de comprovação.

Quando esses silogismos falsos se originam de má-fé, podem ser facilmente descobertos através do empreendimento de pesquisas. Uma boa dica é ficar atento à generalização excessiva na argumentação.

Há ainda outra possibilidade, o uso de argumentos autoritários em que a figura de quem faz a argumentação se apresenta maior do que a própria verdade. Esse é um caso relativamente recorrente entre governadores. Há a expectativa de que tudo o que essas figuras de poder dizem seja verdade, no entanto, nem sempre é assim.

Também podemos citar como exemplo as analogias em que são usadas premissas diferentes em que não cabe comparação. Por exemplo, quando uma pessoa diz que algo lhe faz bem e, logo, fará bem a você também, está usando premissas distintas que não podem ser comparadas. As pessoas são diferentes entre si, têm seus próprios gostos e necessidades. Logo, não tem como estabelecer que algo será bom para alguém porque foi para outra pessoa.

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