Mulheres que fizeram história no Brasil e no mundo

Neste texto você irá conhecer mais sobre mulheres que fizeram história no Brasil e no mundo. É relativamente recente a conquista de direitos como o voto, poder trabalhar fora e até mesmo competir esportivamente. Por muito tempo, a figura da mulher ficou associada ao trabalho doméstico e zelo pela família.

Algumas mulheres lutaram de diferentes formas para mudar esse status e ajudar na conquista de direitos que tornassem seu lugar um pouco mais igualitário em relação aos homens. Então, que tal conhecer um pouco mais sobre essas trajetórias que contribuíram para que mulheres do Brasil e do mundo tivessem uma vida melhor?

Conheça mulheres que fizeram história no Brasil

A seguir você pode conhecer com mais detalhes a história de mulheres que tiveram grande impacto na história do Brasil.

Chica da Silva (1732-1796): escrava alforriada

Nascida em Arraial do Tijuco (atual cidade de Diamantina, Minas Gerais), Francisca tinha mãe escrava e pai militar português, este fugiu sem alforriar nenhuma das duas. Escrava de um médico, Francisca teve um filho com esse senhor. No entanto, foi comprada em seguida pelo contratador João Fernandes (ele comprava e vendia diamantes).

Os dois se apaixonaram e o fato de passarem a viver como marido e mulher escandalizou a conservadora e escravocrata sociedade da época. Chica, agora alforriada, passou a viver como uma senhora do período, com direito a vestidos e joias vistosas. O casal teve 13 filhos, todos reconhecidos pelo pai, algo raro, haja vista que tinham mãe negra.

Chica marcou a história por ter se colocado em um lugar de senhora mesmo tendo nascido escrava. Após a morte de João Fernandes, Chica da Silva administrou os bens deixados por ele e conseguiu bons casamentos para suas filhas mulheres.

Maria Quitéria (1792-1853): primeira mulher a integrar as forças militares do Brasil

Nascida em uma fazenda próxima da cidade de Feira de Santana, Bahia, Maria Quitéria perdeu sua mãe aos dez anos. No período em que teve início o processo de independência do Brasil foram convocados todos os homens que tivessem idade para lutar. A jovem pediu a seu pai, que tinha apenas filhas mulheres, para entrar no conflito e recebeu uma negativa.

Perseguindo seu sonho, ela se refugiou na casa de uma meia-irmã que a ajudou a se transformar no Soldado Medeiros. Tudo ia bem até que seu pai descobriu e revelou o seu disfarce. Porém, o major do Batalhão dos Voluntários do Príncipe interveio na questão e permitiu que Maria Quitéria continuasse no regimento. Ela foi condecorada com a Ordem Imperial do Cruzeiro pelo Imperador Dom Pedro I.

Anita Garibaldi (1821-1849): combatente da Revolução Farroupilha e da Unificação da Itália

Conhecida como a “heroína de dois mundos”, Anita Garibaldi viveu uma história de luta e amor ao lado do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi. Anita foi uma peça essencial na busca pela independência gaúcha na Guerra Farroupilha.

Também contribuiu significativamente para o chamado Risorgimento, que visava unificar a Itália. A garra e determinação de Anita são relembradas até os dias de hoje na forma de homenagens, como o seu nome em duas cidades de Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis.

Chiquinha Gonzaga (1847-1935): primeira maestrina brasileira

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, conhecida popularmente apenas como Chiquinha Gonzaga, foi uma pianista autodidata reconhecida por seu enorme talento. Neta de escravos, foi casada contra sua vontade quando tinha apenas 16 anos. Após se revoltar contra a vida de maus tratos que levava, deixou o marido.

Em 1884, estreou a primeira opereta sob sua regência sob o nome de “A Corte na Roça”, algo que fez dela a primeira maestrina brasileira. Engajou-se em causas abolicionistas, de direitos autorais e femininos.

Sua movimentada vida amorosa chocou a sociedade da época. Teve grande importância ao dar toques brasileiros a ritmos europeus como polca, valsa e mazurca. Foi precursora das marchinhas de carnaval com temas como “Lua Branca” e “Ó, Abre-Alas”.

Enedina Alves Marques (1913-1981): primeira mulher negra a se formar em engenharia no Brasil

Nascida em Curitiba, Enedina Alves Marques ingressou no curso de engenharia na Universidade Federal do Paraná em 1940. Mesmo com todas as dificuldades, concluiu o curso, tornando-se a primeira mulher negra formada nessa área. Ao concluir seus estudos foi contratada para trabalhar no Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná.

Fez parte da equipe de engenheiros responsáveis pela construção da usina hidrelétrica Capivari-Cachoeira (PR). Trabalhou na construção da Casa do Estudante Universitário do Paraná e também no projeto de construção do Colégio Estadual do Paraná, os dois em Curitiba. O nome da engenheira batiza o Instituto de Mulheres Negras na cidade de Maringá, Paraná.

Conheça mulheres que fizeram história no mundo

Abaixo você pode saber mais sobre mulheres que tiveram significativa participação na história do mundo.

Joana D’arc (1412 – 1431): chefe militar de um exército na Guerra dos 100 anos

A camponesa analfabeta Joana D’arc se tornou líder de um exército durante a Guerra dos 100 anos. Esse é um grande feito para uma mulher nascida em uma posição social de pobreza e em uma sociedade em que mulheres não tinham direitos. Tornou-se uma das principais mártires da França, tendo sido executada em 1431 como herege, séculos mais tarde, em 1920, foi canonizada pela Igreja Católica.

Marie Curie (1867 – 1934): única pessoa com Prêmios Nobel em duas áreas diferentes

A primeira pessoa a receber duas vezes o Prêmio Nobel e a única a ter tido essa honra em duas áreas diferentes, a polonesa Marie Curie marcou a história da ciência. A cientista foi responsável pela descoberta de dois elementos da Tabela Periódica: Polônio e Rádio.

Também foi quem descobriu e cunhou a teoria da relatividade. Curie foi a primeira mulher admitida como professora na Universidade de Paris e a primeira a ser enterrada por méritos próprios no Panteão de Paris.

Amelia Earhart (1897-1939): primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico

Amelia Earhart entrou para a história como a primeira mulher a voar sobre o Oceano Atlântico sozinha. Além disso, ela foi a primeira a ser condecorada com a Cruz de Voo Distinto. Trata-se de uma condecoração militar concedida a pilotos das Forças Aéreas dos EUA devido a atos de heroísmo ou por uma conquista relevante. Earhart desapareceu no Oceano Pacífico enquanto realizava um voo de volta ao mundo.

Valentina Tereshkova (1937 – atualmente): primeira astronauta mulher a ir ao espaço

A russa Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a ir ao espaço e a única a ter feito um voo solo. Algo interessante de mencionar é que ela desbancou outras candidatas com mais estudo por ser uma excelente paraquedista. Essa habilidade era essencial para o sucesso do voo com a nave Vostok VI. Tereshkova foi condecorada com a Ordem de Lenin e Herói da União Soviética e tempos depois ingressou na política.

Kathrine Switzer (1947 – atualmente): primeira mulher a competir em uma maratona

A maratona de Boston de 1967 ficou marcada pela participação de Kathrine Switzer. Até então era proibida a participação de mulheres em competições de rua nos Estados Unidos.

Uma das cenas mais marcantes dessa competição foi um dos diretores de prova tentando retirá-la da corrida e sendo impedido por outros competidores, tudo diante das câmeras. Depois desse grande feito, Switzer criou a fundação 261 Fearless, que luta para que haja igualdade entre os gêneros nas competições esportivas.

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