Epirogênese e orogênese são tipos de classificação de movimentos tectônicos que podem ser chamados também de epirogenia e orogenia. Essa classificação tem como objetivo a compreensão dos processos resultantes do movimento das placas tectônicas.
Esse fenômeno, conhecido como tectonismo, pode gerar comportamentos distintos, assim como durar mais ou menos tempo e ter resultados bem diferentes. Continue lendo para compreender a diferença entre epirogenia e orogenia.
A formação do relevo se dá a partir de fatores internos (endógenos) e externos (exógenos). Os chamados movimentos endógenos ou internos são resultantes dos movimentos tectônicos ou das massas continentais.
É a deformação produzida nas placas que determina os tipos de movimentos tectônicos. Também se considera a intensidade das forças que são empregadas. Há dois tipos de movimentos: epirogênese e orogênese.
Como mencionamos anteriormente, epirogênese e orogênese consistem em classificações para os movimentos tectônicos. A criação da classificação tem como objetivo entender os processos resultantes do tectonismo em suas particularidades e diferenças. Para que seja possível compreender essa diferença é necessário fazer a conceituação de ambos.
Orogênese é o processo de movimentos internos da Terra que apresentam curta duração, considerando o tempo geológico, e se caracterizam por resultar no choque ou afastamento entre duas placas distintas. É um momento horizontal. Quando as placas se chocam, o movimento é convergente e quando as placas se afastam ele se torna divergente.
A convergência de placas resulta no surgimento de dobramentos e cordilheiras, enquanto a divergência resulta na formação das placas dorsais, que são as cordilheiras submarinas. O processo também pode ser conhecido como movimentos orogênicos e costuma acontecer em formações geológicas instáveis e recentes.
O choque entre placas tectônicas leva ao soerguimento do relevo terrestre, de maneira que os movimentos orogênicos têm como resultado a formação de grandes cadeias de montanhas e cordilheiras. Os movimentos orogênicos também podem levar ao surgimento de vulcões e falhas geológicas que se caracterizam por serem responsáveis por terremotos e abalos sísmicos.
A orogênese se dá nas bordas convergentes de placa, isto é, em regiões contíguas que ficam no limite entre duas placas litosféricas com deslocamentos convergentes. É possível classificar a orogênese em: orogênese térmica ou areotectônica ou orogênese mecânica ou paratectônica.
Esse tipo de orogênese acontece quando há subducção, ou seja, uma placa se coloca por baixo da outra. A classificação como térmica se deve à relevância dos fenômenos magmáticos ou vulcânicos que são consequência da fricção de placas. O termo areotectônica, por sua vez, diz respeito à predominância dos deslocamentos verticais que se sobressaem aos horizontais.
Acontece quando o movimento convergente entre duas placas tectônicas acarreta o arrastamento de um fragmento continental contra o outro. Os movimentos e forças predominantes são horizontais (paratectônicos) e sua origem é basicamente tectônica (mecânica).
Os movimentos epirogênicos se caracterizam por serem movimentos internos de longa duração, também considerando o tempo geológico, levando a movimentos verticais. Esses movimentos podem resultar em soerguimento (elevação de altitudes sem falhas ou dobras – movimento para cima) ou subsidência (rebaixamento de altitudes de um relevo – movimento para baixo).
Os movimentos epirogênicos costumam formar intumescências, arqueamentos ou abaciamentos. Algo interessante é que os arqueamentos podem ser maiores em um ponto e menores em outro ponto.
Pode ocorrer levantamentos em um lugar e rebaixamentos em outros. Por serem movimentos lentos, apresentam certa dificuldade para que possam ser medidos. A expressão epirogênese foi criada por Gilbert, em 1890.
Os movimentos epirogênicos costumam se dar em terrenos estáveis e com formação geológica antiga, isto é, com menos acidentes e mais planos. Como não apresenta falhas ou dobras, não leva ao vulcanismo e a terremotos. Abrange áreas com dimensões continentais.
As diferenças básicas entre epirogênese e orogênese são as seguintes:
Orogênese se caracteriza por produzir movimentos horizontais, enquanto a epirogênese se caracteriza por originar movimentos verticais.
Considerando o ponto de vista de tempo geológico, a orogênese é um processo de curta duração e a epirogênese é um processo de longa duração.
Os movimentos orogênicos geralmente acontecem em formações geológicas instáveis e recentes. Já os movimentos epirogênicos costumam acontecer em terrenos estáveis e com formação geológica antiga.
Por fim, os dois tipos de movimentos tectônicos apresentam resultados distintos. A orogenia pode levar à formação de cadeias de montanhas de grande porte e cordilheiras assim como ao surgimento de vulcões e falhas geológicas.
Os movimentos orogênicos podem ser responsáveis por abalos sísmicos e terremotos. Como ocorrem em áreas mais estáveis, os movimentos epirogênicos não levam à formação de vulcões ou terremotos.
Agora você já sabe quais são as principais diferenças entre epirogênese e orogênese! Para conferir mais conteúdos de geografia, além de dicas para se sair bem no Enem e no vestibular, fique ligado no blog do Hexag!